Uma das grandes surpresas do ano, Enterrado Vivo consegue provocar um clima tenso como poucos filmes deste ano conseguiram. Com um enredo simples, o filme vem com uma proposta inovadora e ousada recebendo boas críticas e tem deixado muitos espectadores atordoados. O filme tem nada mais, nada menos que um ator, e um minúsculo cenário, uma caixão pra ser mais preciso. Sua história gira em torno de um civíl, interpretado por Ryan Reynolds, que é sequestrado no Iraque e acorda enterrado no deserto, dentro de um caixão, possuindo apenas uma faca e um telefone celular para se salvar. A luz não pode apagar, a bateria do celular não pode acabar, e ele tem apenas algumas horas para se ver livre dali. Prepare-se para ficar incomodado com a iluminação e o espaço claustrofóbico do filme.
É difícil assistí-lo. O filme proporciona emoções distintas que vão desde o medo, agonia e a falta de ar e essa experiência será levada contigo por um bom tempo. Isso se todas essas coisas funcionarem com você. É cinema sensorial e emocional, o filme vai funcionar com quem se envolver com ele. Já outros, podem achar um puro tédio. As situações que o personagem vai enfrentando, nos deixa ligados até o final. Com um bom roteiro, que consegue sustentar os 95 minutos de duração sem deixar o filme chato e ter queda de ritmo. Fantástico. Ficamos preso durante todo o filme, esperando e torcendo. O filme tem uma facilidade notória de fazer o espectador se interessar pela situação do personagem. Assim como ele se enfurece, se irrita, ou se desespera com sua situação, nós aqui, vivemos tudo isso com ele. Quando ele é desacreditado pelos telefonistas, ou quando estes não dão a mínima para sua situação, ou quando o governo pouco se importa com um de seus servidores. É de indignar qualquer um.
O diretor Rodrigo Cortés fez um excelente trabalho. E enquanto existir diretores competentes que não se rebaixam em nos apresentar sempre a mesma coisa, o cinema sensorial e emocional nunca estará perdido. Uma proposta ousada, por levantar um debate e uma crítica ao Governo dos Estados Unidos e a importância dos Civis para eles, além de debates sobre a competência das empresas de Telefonia. Enterrado Vivo é um filme diferente, inovador, tenso e uma grande surpresa.
To pra assistir este e Black Swan! (na verdade, esse Enterrado Vivo nao me chamou tanta atenção nao, mas vou ver mesmo assim) Depois eu volto pra comentar decentemente, ta?
Bj!
Ok! assista sim. Pelo menos eu adorei!
Não imagino uma palavra que deva resumir melhor isso do que claustrofobia e também não consigo pensar em uma crítica deste filme que no meio do texto não tenha essa palavra. E olha que eu ainda não vi o filme.
Abs!
Deve ser deliciosamente tenso. Infelizmente ainda não assistí.
Não gostei do trailer, mas hoje em dia seria muito temeroso esnobar um raro filme inovador.
Só posso assinar embaixo, hehe. Achei a mesma coisa do filme, a iluminação alternativa, o espaço claustrofóbico e até os debates sobre a importância de apenas mais um zé-ninguém para o governo norte-americano foram bem retratados aqui. Só não gostei tanto da atuação de Ryan Reynolds – tem seus bons momentos, mas outros não conseguia suportá-lo.
Muito bom teu blog, linkei no meu agora. Abraços.