Partindo de um roteiro super previsível, oceano de clichês, e sustos que hoje em dia se tornou motivo de risos, Brinquedo Assassino, revela um dos personagens mais famosos dos filmes de terror. É quase impossível encontrar alguém que nunca ouviu falar de chucky ou do “filme do Chucky”. O Filme ganhou fama e Chucky se tornou um ícone entre os assassinos dos filmes de terror no final da década de 80 e no início da década de 90, o que ocasionou também, filmes sucessores criando uma espécie de série.
Hoje em dia fica a pergunta de com um filme com este pode ter obtido tamanho sucesso entre o público. A verdade é que naquela época assistir um filme no qual o personagem principal é um boneco assassino, era uma novidade e tanto. E nos dias de hoje, infelizmente (ou felizmente) o filme acabou se tornando uma comédia involuntária, por causa do esgotamento e da bizarrice que encontramos nos filmes de terror lançados ultimamente. Depois de tantos Jogos Mortais, A Casa de Cera, filmes de canibalismo como Viagem Maldita e Pânico na Floresta, quem é que sentirá medo do inocente filme do Chucky?
O fato de ter alcançado fãs, conquistar o público e obter tamanha fama, não encobre os problemas evidentes do filme que é fraco como cinema, por vezes irritante e um projeto totalmente amador. A direção de Tom Holland, que dirigiu outro filme famoso de horror, A Hora do Espanto, é consequentemente o que conduz o filme a fragilidade. Na cena em que Chucky faz sua primeira vítima, por exemplo, percebe-se o modo convencional de criar um suspense. A câmera vai seguindo os movimentos do boneco até a vítima (sem o mostrar). Sabemos que é o boneco que está se movendo, sabemos que ele está atrás da cortina e obviamente sabemos que a mulher morrerá. A tentativa de criar uma atmofera de suspense é anulada pela tamanha previsibilidade e o suspense bobo e desnecessário (com direito a trilha macabra). Constrangedor.
Pra não passar despercebido, toda essa revolta e chacinas promovida por Chucky tem um motivo. Charles Lee Ray (Chucky ainda humano) está fugindo de um policial e se abriga dentro de uma loja de brinquedos, e quando está prestes a morrer se depara com um boneco e recita um ritual de magia negra e transferi sua alma ao brinquedo, que logo é dado de presente ao menino Andy. Para reverter a magia, ele precisa da alma da primeira pessoa que o viu com um “boneco vivo”, ou seja, o menino. Nessa trajetória toda, clichês é o que não vai faltar. Ninguém acredita no menino, o boneco briga e mata feito um brutamonte, com 15 minutos de filme já se imagina o final, enfim, felizmente a tortura dura apenas 89 minutos.
Apesar de tudo, bons tempos eram aqueles em que o filme era exibido nas noites da Tela Quente, que hoje substituiu clássicos incríveis por filmes mais comerciais da nova era cinematográfica. Mesmo com os problemas citados anteriormente, o filme merece ser visto, comentado e conhecido como um pequeno clássico que marcou época, ainda que não esteja na lista dos melhores.
Nota: 6.0
Por: Andinhu S. de Souza
Está entre os clássicos de terror da minha infância. Mas hoje em dia, acho graça dele. O que não quer dizer que eu não continue adorando 😉
Eu revi esses dias…..e achei mais engraçado do que assustador hehehehehe.
Mas antigamente dava medo, mas eu adorava!
Andinhu.
Achei um bom filme, mas ainda acho “O Filho do Chucky” o melhor da série, hahaha.
É sério, minha lógica é a de que quando Chucky está lidando com terror, é ruim (com exceção deste), mas quando está lidando com comédia, nos entrega um delicioso filme trash. Por isso, acho O Filho do Chucky o melhor dos cinco. (:
HAHAHA, tbm gosto de O filho de Chucky, impossivel não rir, ainda mais fazendo paródia de Glen ou Glenda. mas acho que o melhor é esse mesmo.
Bom clássico! Pena que a segunda metade é bem fraquinha.