Chega nas locadoras um dos grandes filmes do ano, e sem dúvidas um marco no cinema estadunidense. Logo quando a notícia de que o cultuado diretor David Fincher faria um filme sobre a rede social Facebook, muita gente mordeu os lábios. A Rede Social vai fazer muita gente retirar o que disse. David Fincher cria uma obra corajosa e um dos filmes mais curiosos e interessantes lançados esse ano, sendo este, o seu segundo melhor filme, ficando atrás apenas de Clube da Luta. Infelizmente o Oscar resolveu premiar o filme mais convencional da lista, como de costume. Mas tenho certeza de que A Rede Social se tornará um cult adorado por milhões de pessoas enquanto O Discurso do Rei ficará impoeirado nas prateleiras das locadoras.
Após protagonizar ótimos filmes como Férias Frustradas de Verão do incrível Greg Mottola, e o hilário Zumbilândia, Jesse Eisenberg tem todas as chances de alavancar de vez sua carreira depois de A Rede Social. Ele interpreta o jovem mais rico do mundo, criador do Facebook, Mark Zuckerberg, um analista de sistemas graduado em Harvard. Após Hakear um site e conseguir milhares de acessos em apenas algumas horas, começa a pensar em uma nova idéia para criar uma rede social. Mas antes disso, os irmãos Winklevoss, que havia se interessado no talento do jovem Mark, iniciam uma parceria junto com outros amigos e começam a reunir idéias para criar uma ambiciosa rede social chamada Harvard Connection.
A narrativa não menos que espetacular do filme oscila entre o julgamento de Mark e todo o processo da criação do Facebook. Galera, é muito interessante! O filme é super lento, mas de forma alguma é desinteressante. Mesmo possuindo uma linguagem de difícil compreensão, daquelas que os “expert” entenderão melhor e ter diálogos super rápidos, o filme possui um desenvolvimento instigante que em cada momento vai conquistando o espectador. Mark está sendo acusado por invasão de privaciade, de segurança, de roubar a idéia dos irmãos Winklevoss e de várias outras coisas que vão acumulando durante a projeção. Inclusive, sendo acusado pelo melhor amigo, que é o co-fundador do Facebook. Aliás, a direção de Fincher chega a ser espetacular em alguns quesitos, por fazer o espectador mudar totalmente de idéia sobre certos personagens e apioar o outro.
O elenco não poderia ser melhor. E na minha opinião Andrew Garfield é quem rouba a cena. Até mesmo Justin Timberlake se sai bem. Joseph Mazzello, mais conhecido por ser caçado por Dinossauros em Jurassic Park, faz apenas um mero coadjuvante que pouco aparece. A Trilha Sonora, que merecidamente pode ser indicada ao Oscar, é eficiente, dando um tom de suspense e drama nas horas certas. A maneira como Fincher conduz tudo é um primor. Apesar de eu ter achado o final um tanto preguiçoso, o clima, as descobertas que os personagens faziam, a narrativa com os vai-e-vem, as informações sobre os avanços do Facebook e principalmente as compicações que os criadores tiveram por com conta do sucesso, fizeram do filme uma obra dinâmica, interessante e informativa.
O desenvolvimento pode incomodar bastante gente, mas achei as descobertas e informações tão interessantes que sustenta toda a nossa atenção. Não é o melhor filme do ano, mas é um dos melhores. Um filme sem apelação, que não exalta ninguém, e que não passa a mão na cabeça de ninguém. Claro que é impossível assistir e não sentir vontade de criar um perfil no Facebook, mas de forma alguma o filme possui uma propaganda descarada. David Fincher confirma sua posição entre um dos melhores dessa geração.
“Você não consegue 500 milhões de amigos sem fazer alguns inimigos” Impossível não lembrar dessa frase lá pelas cenas finais do filme.!
Ainda não vi o filme, pretendo ver esse fim de semana. Por contas das críticas é fácil acreditar que é um ótimo filme, mas de vez em quando me pego pensando se é realmente o melhor filme do ano como outro blogueiros e críticos estão dizendo. Vou conferir e volto para comentar. Abs.
P.S.: Te linkei no meu blog e vou ficar seguindo.
Mais que um roteiro brilhante, com diálogos inteligentes e personagens complexos, mais que uma direção magnífica, com cenas impecáveis e arriscada estrutura, e mais que bem atuado, o filme traz a crônica da primeira década do novo milênio. Genial.
VOU ASSISTIR SÓ PARA VER O JOE MAZZELLO, AMO ELE- S2
Apesar de não concordar com a crítica americana, que o tachou de o CIDADÃO KANE do século XXI, não há como negar que Fincher pegou uma história potencialmente chata e a transformou em algo enérgico, sobre amizades, ambição, sociabilidade. Esperava mais, no entanto.
Eu gostei do filme. A narrativa está realmente boa e o público se adequa fácil ao ritmo rápido do filme e do ótimo Jesse Eisenberg, fazendo um dos papéis mais irritantes que eu já tive a oportunidade de ver. Andrew Garfield está ótimo, tanto quanto Eisenberg, pena que não foi tão reconhecido. David Fincher fez outro ótimo filme.
Abraços